sexta-feira, 3 de maio de 2013

OS LIMITES E A AUTO ESTIMA...



São as rotinas, o respeito, os limites que por um lado se impõem (pelos pais) e por outro lado se respeitam (pelos filhos), que promovem o diálogo e liberdade de
expressão, o suporte afectivo, o mimo e o elogio...
E são todas estas "coisas" boas que fazem com que inicialmente a criança e posteriormente o adolescente saiba que tem um lugar no mundo especial, o lugar especial que tem na sua família.

Permitem também que a criança saiba até onde deve ir e o porquê dessas balizas, para que as coisas façam sentido. Tudo isto vai ajudar a que não se sinta perdida e a que saiba que ali, em casa, no lar, na família encontrará as respostas às perguntas que se vai fazendo enquanto ser humano, que avança cresce, tanto física como psicologicamente.

Esse desenvolvimento é feito com outras ajudas: A educação escolar; os amigos; os colegas; ou até mesmo os vizinhos de bairro. São tudo formas de aprendizagem.

Em relação a esta temática, do crescer emocionalmente, Pedro Strecht utiliza uma expressão que acho fabulosa....ÂNCORA!!!!

Segundo o pedopsiquiatra "...para se aventurarem no conhecimento e descoberta as crianças precisam de sentir a casa e a família como uma ÂNCORA, a base segura à qual se referenciam e de onde vem a estabilidade emocional interior que lhes permite um equilíbrio entre a dependência e a autonomia..."

Na realidade, se fracassam constantemente ou são frustradas nas suas tentativas de autonomia, a sua auto-estima ressente-se.

Uma criança com elevada auto-estima é sociável e popular com os seus colegas, confia mais nas suas próprias opiniões e julgamentos, está mais segura das percepções de si própria, é mais assertiva nas relações sociais, mais ambiciosa e obtêm melhores resultados académicos.

No entanto, para que isso aconteça, as crianças precisam da tal ancora de que fala Pedro Strecht, precisam de sentir que existe um espaço especial onde há disponibilidade para elas, um espaço onde elas são ouvidas, têm atenção, tempo,dedicação, esperança, e adultos que desfrutam de tudo isto com elas.

Necessitam também da outra vertente...necessitam de normas, de conceitos que as ensine a debater, a aceitar a crítica, a rir-se de si mesmas; e isto não é possível se os pais estão sempre ausentes, ou se quando estão presentes não se dedicam a elas.

Fátima Poucochinho
Psicóloga imfanto Juvennil

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