AS CRIANÇAS E A ANSIEDADE.....
As crianças são seres extremamente sensíveis ao que as rodeia, sendo que, muitos vezes, situações que para nós adultos, não nos causam qualquer transtorno, à criança pode perturbar de forma bastante significativa...Se este tipo de situações se for repetindo sem o adulto se dar conta, facilmente temos uma criança “transformada” num ser ansioso, com dificuldade em controlar as suas emoções e o seu estar.
Muitas vezes, o que acaba por acontecer é que a criança passa a viver no futuro em vez de viver no presente, ou seja, a preocupação e o centro das atenções da criança passa a ser o que VAI ACONTECER , e não O QUE ESTÁ A ACONTECER NO AQUI E AGORA...Isso é ansiedade...É o não usufruir adequadamente do presente por estar com uma preocupação constante com o que vai acontecer amanhã, ou depois de amanha ou para o outro fim de semana.
O convívio em casa com a família e o modo como a criança vê os adultos reagirem e lidarem com o seu próprio dia a dia, exerce uma função importante no comportamento desta e na sua postura perante a vida. Como sempre digo...O EXEMPLO É A MAIOR FONTE DE APRENDIZAGEM!NO exemplo dos pais é fundamental para que a criança aprenda a controlar de forma equilibrada as suas emoções.
Esta aprendizagem é de tal forma “potente” que, bebés recém-nascidos podem, desde cedo, aprender e desenvolver alterações de ansiedade por influência da mãe.
Até os 7 anos, a criança está num nível de desenvolvimento muito primitivo, muito centrado em si, e a família é o alicerce para as suas aprendizagens morais, afectivas e emocionais.
Se no dia-a-dia, a criança presencia discussões entre os pais, ou extrema preocupação dos pais com situações do dia a dia, por exemplo, é provável que se sinta insegura e ansiosa também. Ora se os pais, que são (ou deveriam ser) a sua fonte securizante, o seu porto seguro deixam de o ser, como pode a criança construir-se com segurança? Como pode ela construir o seu EU de uma forma confiante?
Como os pais podem ajudar os filhos
- Ensine o seu filho a respirar bem devagar, para que ele se acalme. Pode ensinar-lhe a respiração abdominal ou respiração pela barriga que é extremamente relaxante e simples de executar ...Quando a criança (ou adulto) inspira, deve colocar todo o ar na barriga e fazer um balão...quando expira, deve jogar o ar todo fora, empurrando o umbigo para dentro, sendo que a inspiração e expiração são sempre feitas através do nariz!
- Se nota que a criança vive muito centrada no que vai acontecer em vez de pura e simplesmente viver o aqui e agora, explique o que vai acontecer para que ela se acalme mas, sem grandes explicações e sem muita conversa. Explicando uma vez (2 vezes no máximo) a criança percebe perfeitamente!...Não valorize esse comportamento da criança centrando-se nele e levando horas a fio a falar com ela sobre isso...Acalme-a, relaxe-a mas, encontrando um meio termo...Se leva muito tempo a falar com a criança sobre o assunto, está a mostra-lhe que isso a incomoda também, e ai gera-se um ciclo complicado de ansiedade de criança que provoca ansiedade nos pais que por sua vez gera mais ansiedade na criança;
- Converse com o seu filho. Se perceber uma mudança no seu comportamento, ajude-o a expressar-se, a nomear o que está a sentir...Se vê que a criança não se consegue expressar falando utilize imagens e peça para que ele aponte qual a imagem com que se identifica ( se com a imagem do menino triste, feliz, zangado, etc.) Aprofunde de forma “soft” as emoções, os sentires e verbalize que por vezes, também a mãe, ou pai, tem sentires mais desconfortáveis mas, que os tentam resolver...Pode ser uma boa altura para reforçar a respiração abdominal!
- Proponha atividades físicas. Elas relaxam e ajudam a criança a centrar-se no presente.
- Tenha atenção....Se perceber que a rotina e o desenvolvimento da criança estão prejudicados em função da ansiedade que ela manifesta, é importante consultar um psicólogo para que seja efectuada uma adequada avaliação e para que sejam dadas aos pais estratégias mais especificas para o seu filho em particular
Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
As crianças são seres extremamente sensíveis ao que as rodeia, sendo que, muitos vezes, situações que para nós adultos, não nos causam qualquer transtorno, à criança pode perturbar de forma bastante significativa...Se este tipo de situações se for repetindo sem o adulto se dar conta, facilmente temos uma criança “transformada” num ser ansioso, com dificuldade em controlar as suas emoções e o seu estar.
Muitas vezes, o que acaba por acontecer é que a criança passa a viver no futuro em vez de viver no presente, ou seja, a preocupação e o centro das atenções da criança passa a ser o que VAI ACONTECER , e não O QUE ESTÁ A ACONTECER NO AQUI E AGORA...Isso é ansiedade...É o não usufruir adequadamente do presente por estar com uma preocupação constante com o que vai acontecer amanhã, ou depois de amanha ou para o outro fim de semana.
O convívio em casa com a família e o modo como a criança vê os adultos reagirem e lidarem com o seu próprio dia a dia, exerce uma função importante no comportamento desta e na sua postura perante a vida. Como sempre digo...O EXEMPLO É A MAIOR FONTE DE APRENDIZAGEM!NO exemplo dos pais é fundamental para que a criança aprenda a controlar de forma equilibrada as suas emoções.
Esta aprendizagem é de tal forma “potente” que, bebés recém-nascidos podem, desde cedo, aprender e desenvolver alterações de ansiedade por influência da mãe.
Até os 7 anos, a criança está num nível de desenvolvimento muito primitivo, muito centrado em si, e a família é o alicerce para as suas aprendizagens morais, afectivas e emocionais.
Se no dia-a-dia, a criança presencia discussões entre os pais, ou extrema preocupação dos pais com situações do dia a dia, por exemplo, é provável que se sinta insegura e ansiosa também. Ora se os pais, que são (ou deveriam ser) a sua fonte securizante, o seu porto seguro deixam de o ser, como pode a criança construir-se com segurança? Como pode ela construir o seu EU de uma forma confiante?
Como os pais podem ajudar os filhos
- Ensine o seu filho a respirar bem devagar, para que ele se acalme. Pode ensinar-lhe a respiração abdominal ou respiração pela barriga que é extremamente relaxante e simples de executar ...Quando a criança (ou adulto) inspira, deve colocar todo o ar na barriga e fazer um balão...quando expira, deve jogar o ar todo fora, empurrando o umbigo para dentro, sendo que a inspiração e expiração são sempre feitas através do nariz!
- Se nota que a criança vive muito centrada no que vai acontecer em vez de pura e simplesmente viver o aqui e agora, explique o que vai acontecer para que ela se acalme mas, sem grandes explicações e sem muita conversa. Explicando uma vez (2 vezes no máximo) a criança percebe perfeitamente!...Não valorize esse comportamento da criança centrando-se nele e levando horas a fio a falar com ela sobre isso...Acalme-a, relaxe-a mas, encontrando um meio termo...Se leva muito tempo a falar com a criança sobre o assunto, está a mostra-lhe que isso a incomoda também, e ai gera-se um ciclo complicado de ansiedade de criança que provoca ansiedade nos pais que por sua vez gera mais ansiedade na criança;
- Converse com o seu filho. Se perceber uma mudança no seu comportamento, ajude-o a expressar-se, a nomear o que está a sentir...Se vê que a criança não se consegue expressar falando utilize imagens e peça para que ele aponte qual a imagem com que se identifica ( se com a imagem do menino triste, feliz, zangado, etc.) Aprofunde de forma “soft” as emoções, os sentires e verbalize que por vezes, também a mãe, ou pai, tem sentires mais desconfortáveis mas, que os tentam resolver...Pode ser uma boa altura para reforçar a respiração abdominal!
- Proponha atividades físicas. Elas relaxam e ajudam a criança a centrar-se no presente.
- Tenha atenção....Se perceber que a rotina e o desenvolvimento da criança estão prejudicados em função da ansiedade que ela manifesta, é importante consultar um psicólogo para que seja efectuada uma adequada avaliação e para que sejam dadas aos pais estratégias mais especificas para o seu filho em particular
Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
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