segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ter um amigo imaginário na infância é normal...


Veja algumas dicas para lidar com o seu filho nessa fase!

Na infância, conversar e brincar com um amigo invisível não deve ser motivo de preocupação para os pais. É muito comum que as crianças dos três aos seis anos inventem este tipo de fantasia. Faz parte do universo delas e é até muito saudável. As experiências de faz de conta ajudam as crianças a criarem recursos para lidar com situações reais, como as de conflito, amor, ansiedade, medo ou mesmo desenvolver a própria criatividade.
E não é só um personagem invisível que pode se tornar o melhor amigo do seu filho. Ele pode eleger um brinquedo ou um objeto que representa a figura humana e faz parte de sua rotina em casa ou na escola. A criança fantasia situações do quotidiano nas quais é ela quem tem o domínio da situação. Tendo o poder de controlar, sente-se importante e especial. Geralmente, imita falas e gestos dos pais, professores ou coleguinhas.
Quando o amigo imaginário surge é porque a criança precisa dele...é porque está a vivenciar alguma situação que a incomoda, que a perturba e que ela, não a sabendo resolver, opta por criar uma solução alternativa onde se sente mais acompanhada,, mais protegida!...trata-se, portanto, de um recurso natural, saudável e passageiro. A fantasia faz com que a criança se acalme quando está ansiosa, carente, com raiva ou sentindo medo. Muitas vezes, ainda, usam a voz de mentira para poder dizer coisas que não diriam normalmente.
O QUE PODEM OS PAIS FAZER
Ao descobrir, os pais devem aceitar e entrar na brincadeira, sem se preocupar ou interferir. É melhor tratar tudo com naturalidade. “É uma fase transicional, que ficará para trás quando o vínculo com o mundo externo estiver mais consolidado e for possível ter experiências seguras com um amigo real”. Os pais nunca devem ignorar os relatos do filho. Só é preciso estar atento ao que a criança diz e faz.
É um erro repreender a criança ou dizer abertamente que seu amigo é fruto da imaginação. “Só vai deixar a criança confusa e com tendências ao isolamento ou envergonhada, afectando muito a sua autoestima e, passar a mentir pode ser a saída quando os pais não aceitam o amigo invisível.
Porém, também é um engano incentivar a relação invisível. “A criança pode crer que a voz do amigo tem mais repercussão no ambiente familiar que a sua própria e corre-se o risco de que ela se sinta invadida em seu processo de criação. O espaço da fantasia deve surgir de forma espontânea, porque o filho demonstra interesse, e não por uma insistência da parte dos pais

Não se preocupe....Um belo dia, o seu filho vai dizer-lhe que o amigo se foi embora –e esse também é um processo normal. “Por ser uma fase passageira, normalmente, a criança encontra formas de abandoná-la sozinha. Se quiserem, os pais podem dizer que o colega foi viver a vida dele, que está bem, a divertir-se e aprendendo na escola. O importante é passar segurança ao seu filho de que o ambiente em que vive é bom.
SINAIS DE ALERTA
Esta fase, ou este recurso, vai, regra geral, até aos 6/7 anos....se a partir desta idade o amigo imaginário persistir é importante levar a criança a um psicólogo pois a criança pode ter perdido a noção do que é real e do que é imaginário e ai passa a apresentar um quadro já patológico que nada tem a ver com a imaginação fértil e saudável de uma idade mais tenra.

Fátima Poucochinho

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